quinta-feira, 24 de julho de 2008

I Encontro Pan-Américano de Estudos sobre a Denge em Recife

Pesquisadores de vários países das Américas, do Reino Unido, de Cingapura e da Índia estão reunidos, desde terça-feira no Hotel Recife Pálace Recife (PE), para discutir sobre a Dengue no I Encontro da Rede Pan-Americana de Pesquisa em Dengue, temas relacionados às áreas de epidemiologia, diagnóstico, vacinas, vetores, imunopatologia e virologia serão apresentados para encontrar e planejar soluções para diminuição do crescente aumento dos casos de dengue no mundo e especificamente no continente.
Segundo os dados apresentados pela Organização Mundial de Saúde (OMS) estima que entre 50 a 100 milhões de pessoas contraiam dengue todos os anos, em mais de cem países, de todos os continentes, com exceção da Europa, na América do Sul, só não há registros da doença no Chile e na Argentina, locais impróprios para a reprodução do mosquito Aedes aegypti devido às baixas temperaturas.
Já no Brasil o registro indica 230.829 mil casos suspeitos da doença, de janeiro a abril deste ano com isso a situação da Dengue no Brasil tem a variação do vírus dengue 3 apontado como situação grave pela Fio Cruz, em Pernambuco só até julho de este ano, já foram notificados 34.823 casos de dengue clássica, com relação à dengue hemorrágica, foram notificados 333 casos, dos quais 63 foram confirmados.
O pesquisador do Instituto Aggeu Magalhães, no Recife, Ernesto Marques, acredita que o motivo para essa reincidência da doença se deve a questões ambientais e urbanas. “Não há ferramentas, num nível aceitável, a ser implementadas para se combater o mosquito durante os 365 dias do ano”, afirmou.
Entre os principais palestrantes estão a pesquisadora Andrea Gamarnik, da Fundação Instituto Leloir (Argentina); Amy Morrison, do Laboratório de Iquitos (Peru); Paul Reiter, do Instituto Pasteur (França); Scott Halstead, da organização internacional Pediatric Dengue Vaccine Initiative (PDVI) e Hermann Schatzmayr, pesquisador do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz), responsável pelo isolamento dos vírus do dengue 1, 2 e 3 no Brasil, ao longo do evento, serão apresentados 177 estudos que enfocam a dengue.
O evento conta com o apoio do Ministério da Saúde, da Fundação Oswaldo Cruz, da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas), da Pediatric Dengue Vaccine Initiative (PDVI) e da Sociedade Brasileira de Virologia (SBV).