sexta-feira, 25 de julho de 2008

REI ESPANHOL RECEBE CHÁVEZ EM MALLORCA

El rei Juan Carlos 1º da Espanha recebeu, nesta sexta-feira, o presidente venezuelano Hugo Chávez no palácio de Marivent, em Palma de Mallorca, no primeiro encontro dos dois depois do polêmico episodio ocorrido em novembro passado, quando o rei perguntou ao líder venezuelano: "Por que você não se cala?". Don Juan Carlos recebeu o presidente com um afetuoso aperto de mãos.
Chávez chegou ao palácio pouco antes das 11h30 (6h30 de Brasília), com 45 minutos de atraso em relação à hora prevista. O rei agradeceu a visita de Chávez, que perguntou ao soberano: "Por que não vamos à praia?", "Eu me sinto como se estivesse em Cuba, Jamaica ou Margarita", acrescentou o presidente venezuelano, entre sorrisos, em referência ao calor que atinge este verão a ilha do arquipélago mediterrâneo das Baleares.
Juan Carlos 1º recebeu Chávez do lado de fora da casa, onde os dois se cumprimentaram com um aperto de mão e trocaram tapas nas costas, e depois posaram para os fotógrafos. Após a troca de saudações, os dois se reuniram com os ministros de Assuntos Exteriores da Espanha, Miguel Ángel Moratinos, e da Venezuela, Nicolás Maduro, além do ministro da Energia e Petróleo venezuelano, Rafael Ramírez Carreño.
O governo espanhol quer dar agora o "respaldo definitivo" à normalização das relações, um objetivo retificado publicamente pela Embaixada da Venezuela, em Madri, em comunicado à imprensa. Uma dezena de pessoas pertencentes a organizações de apoio à revolução bolivariana, tanto de nacionalidade venezuelana quanto espanhola, esperavam nas portas do Palácio de Marivent. As pessoas reunidas gritavam "presidente, presidente", diante da presença do dirigente venezuelano, que acenou do carro.
As duas autoridades viveram um momento polêmico na reunião da Cúpula Ibero-americana do Chile, em novembro de 2007. Na ocasião, o rei da Espanha soltou a agora célebre exclamação "Porque você não se cala?" de tão irritado com a verborragia do presidente da Venezuela, Chávez insistia em interromper o premiê espanhol, José Luis Rodríguez Zapatero, que tentava defender seu predecessor, o conservador José María Aznar, das duras críticas feitas pelo presidente venezuelano, que o chamou de "fascista".
Após a reunião, Chávez viaja a Madri para se encontrar com Zapatero, com quem terá um almoço de trabalho e oferecerá uma entrevista coletiva.